Como vai sendo (infelizmente…) típico da Fórmula 1, as alterações aos regulamentos vão sendo conhecidas… às «pinguinhas». Tendo sido divulgado o acordo para as mudanças nas regras referentes aos motores para 2017 e 2018, a FIA parece ter-se lembrado hoje de que lhe faltara divulgar uma outra alteração já aprovada e «relativamente» importante: está decidido o aumento do limite de combustível a usar em cada prova, de 100 para 105 kg.
Este era um dos pedidos já feitos por diversos dos engenheiros de equipas e construtores de motores, baseados em factos bastante simples: com carros mais largos e com maior apoio aerodinâmico (maior resistência ao avanço), mais pesados (722 kg), pneus mais largos e aderentes e motores mais potentes, será natural que os consumos aumentem de forma considerável.
Agora, o artigo 30.5 do regulamento desportivo, já aprovado pelo Conselho Mundial da FIA, passou a dispor que «nenhum carro poderá consumir mais que 105 kg de combustível entre o momento em que é dado o sinal de começo da corrida até ao momento em que cada carro atravessa a meta, após o sinal de fim de corrida ser dado».
Lido assim, o próprio regulamento deixa em abertas inúmeras questões, pois apenas estipula o consumo máximo entre o momento em que se apagam os semáforos e a passagem na linha de meta. E o que se gasta na volta de formação da grelha? E na volta de desaceleração? Não seria mais simples estabelecer que os 105 kg são entre o momento em que os carros saem das «boxes» para ir para a grelha até que entram em parque fechado, tendo de haver gasolina suficiente para recolher uma amostra para análise?...