O presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, falou pela primeira vez sobre o que se passou no G.P. do Japão, com o abandono de Vettel por causa de uma vela defeituosa cujo preço foi calculado em… 59 euros! E, antes das palavras de apoio ao ressurgimento da Scuderia, voltou a ser crítico com o controlo de qualidade da sua equipa que terá levado ao problema que deixou o alemão com reduzidas hipóteses de lutar pelo título
«Foi um problema técnico ‘non sense’ que teve um impacto num carro que custa milhões de euros», disse Marchionne ao canal televisivo italiano CNBC. «Temos de renovar o nosso compromisso com a qualidade dos componentes que trazemos para a F1. É um problema que talvez tenhamos ignorado durante algum tempo, pois nunca se apresentou como sendo algo importante. Mas não me falem de azar que é coisa em que não acredito! São coisas que podem suceder a todos, em especial na competição. Mas agora tivemos três ocasiões com um impacto devastador na ‘perfomance’ da equipa».
Avisados os elementos da Scuderia da necessidade de fazerem uma revisão muito profunda à qualidade do mais pequeno componente que seja montado no SF70H, Marchionne tratou de os animar, dizendo-lhes que não há razão para atirarem a toalha ao chão: «O importante é não perder a fé que nos trouxe até aqui. Sem querer ser arrogante, penso que a Ferrari está ao mesmo nível, se não for melhor, que a Mercedes!».
«E mesmo se a Red Bull progrediu nestes últimos tempos, não penso que consigam ameaçar a nossa posição no campeonato. A nossa época não está perdida, ainda faltam quatro Grandes Prémios. Com a modéstia que temos na Ferrari, o nosso monolugar fez enormes progressos ao longo desta época», concluiu Marchionne. E tem, de facto, razão, o SF70H nunca parou de progredir, mesmo nestas últimas duas provas. O problema foram as falhas mecânicas em alturas cruciais dos fins-de-semana…