Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, aumenta a pressão sobre a equipa de Fórmula 1… «Se não conseguirmos conquistar um único título de Fórmula 1 num período de dez anos será uma tragédia», declarou numa entrevista à «Gazzetta dello Sport». Ora a Scuderia ganhou o último campeonato de pilotos em 2007 com Kimi Raikkonen e de construtores em 2008. E o relógio não pára…
«Se vencermos regularmente na F1, isso tem um impacto muito positivo na nossa marca. Ainda há poucos dias discutia isso com um dos nossos concessionários e ambos estávamos de acordo em que os resultados da Scuderia em 2015 tinham devolvido credibilidade à nossa marca», acrescentou Marchionne.
O italiano abordou ainda um assunto que já mostrou por várias vezes lhe ser querido e que, por isso, deve ser encarado como forte possibilidade: o regresso da Alfa Romeo à F1, também para aumentar a visibilidade da marca e as suas vendas. «Para melhorar a sua imagem, a Alfa Romeo deverá reconsiderar o seu regresso à F1», diz Marchionne que já este ano o tentou, procurando convencer a Red Bull a permitir que os motores Ferrari que a Toro Rosso vai usar se chamassem Alfa Romeo. Só que a Toro Rosso ainda teria de pagar por isso, o que foi obviamente recusado…
«Esse regresso será feito, provavelmente, em associação com a Ferrari, embora a Alfa Romeo seja perfeitamente capaz de conceber um chassis», concluiu Marchionne que afastou a hipótese de fazer a Alfa Romeo regressar à competição nas 24 Horas de Le Mans: «Preferia ver a marca na F1». A Alfa Romeo dominou os primeiros anos da F1, conquistando os primeiros títulos, com Farina (1950) e Fangio (1951), mas a última experiência, nos anos 80, foi algo discreta.