Há uma semana alertámos aqui para um rumor que corria o «paddock» de Melbourne e que dava conta de o W08 EQ Power+ ter um problema de excesso de peso, falando-se mesmo em estar 5 kg acima do limite mínimo obrigatório: 728 kg incluindo piloto mas com depósito vazio. Não confirmando este número, o director da Mercedes, Toto Wolff, confirmou o problema…
«Não entrarei em detalhes mas essa é uma área em que poderemos, definitivamente, melhorar», referiu Wolff. «Com os novos regulamentos e o maior tamanho dos carros tivemos de ter um grande cuidado com o equilíbrio entre os componentes destinados à ‘performance’ e o peso. E esse é um exercício constante que continuamos a fazer».
O peso a mais não é apenas um problema de tornar o carro mais lento: estima-se que os 5 kg falados possam custar cerca de 0,2 s numa volta a uma pista como a de Albert Park. Esse será, contudo, o menor dos problemas… O maior é que o peso excessivo leva a um superior desgaste dos pneus e foi precisamente aí, em especial na fase inicial da corrida, que a Mercedes perdeu a corrida para a Ferrari!
A Force India também teve problemas de excesso de peso no seu VJM10, mas parece já os ter resolvido, segundo explicou um dos seus responsáveis, Bob Fernley, ao site Motorsport: «Já estamos bem no que respeita ao peso. Até já estamos um pouco abaixo mas não tanto quanto gostaríamos. Talvez no Bahrain [3.ª prova] já estejamos no ponto em que queremos para podermos colocar o lastro onde pretendemos», revelou.
As equipas gostam sempre de ter os carros abaixo do peso mínimo para, depois, colocarem lastro onde lhes dá mais jeito para melhoria do comportamento dinâmico. A Red Bull explicou que abandonou o desenvolvimento de um complexo sistema da suspensão dianteira, não por a FIA ter deixado dúvidas quanto à sua legalidade, mas por ser demasiado pesado. Porque o RB13 estava abaixo do peso mínimo… até a Renault ter acrescentado mais 5 kg, ao voltar ao sistema MGU-K usado em 2016 por questões de fiabilidade.