A Mercedes mostra-se disponível para aceitar o desenvolvimento dos motores ao longo do ano também em 2016, como os rivais têm solicitado, apesar de alertar para o aumento de custos que isso implica.
«Estamos abertos a discutir o assunto, pois sabemos que tanto a Renault como a Honda estão em situação difícil», revelou o director de competição da Mercedes, Toto Wolff, à revista britânica «Autosport», abrindo a porta a uma alteração aos regulamentos de 2016 que exige unanimidade entre as equipas.
Recorde-se que, ao introduzir os V6 turbo híbridos, a FIA pretendia que os motores fossem homologados no último dia de Fevereiro e que o seu desenvolvimento fosse congelado na época toda. Mas a Ferrari descobriu um «buraco» no regulamentos, obrigando a FIA a aceitar a gestão das «fichas» de desenvolvimento durante toda a época. Contudo, «tapou-o» de imediato, impedindo as evoluções durante a época em 2016 e obrigando à homologação definitiva do motor a 29 de Fevereiro.
A Mercedes, compreensivelmente, sempre defendeu que a regra deveria ser cumprida, aproveitando a enorme vantagem de que dispõe. Contudo, perante a insistência de Ferrari, Honda e Renault, inclusive com esta última a deixar no ar a ameaça de abandono, a marca alemã já percebeu que não ganha nada em manter-se inflexível e mostra-se agora disponível a ceder nesse capítulo.
Avisa, contudo, que o «lado negro» da moeda é o peso adicional que essa decisão terá nos orçamentos: «A redução de custos é um assunto sensível neste momento e o desenvolvimento dos motores ao longo do campeonato representa, provavelmente, um custo adicional de uma dezena de milhões de euros», revelou Wolff.