Terá Bernie Ecclestone posto a Mercedes de castigo por a marca alemã se recusar a fornecer motores à Red Bull, podendo levar à retirada da F1 das duas equipas da marca de bebidas energéticas?! A hipótese parece ser meio… infantil, mas não passou despercebido o facto de a transmissão televisiva do G.P. do Japão quase ter ignorado os Mercedes que conseguiram «apenas» os dois primeiros lugares!
«Durante a corrida nunca consegui saber onde estavam os nossos carros, tive de me socorrer dos ecrãs dos tempos para o perceber. É uma forma estranha de realizar uma transmissão…», notou o director da equipa, Toto Wolff, que não quis entrar pelas teorias da conspiração. «Não quero acreditar que tenha sido feito de forma estratégica, porque seria esconder o que se estava a passar na pista. Prefiro pensar que as câmaras estavam focadas nas lutas do meio do pelotão por as imagens espectaculares serem importantes».
Partida contabilizada, os Mercedes tiveram direito a seis minutos de exibição nos pequenos ecrãs, numa corrida que demorou… 88 minutos! E a exposição mediática é fundamental para o retorno que as equipas dão aos seus patrocinadores, sendo cada minuto contabilizado no final do ano, quando chega a altura de fazer as contas…
Já Niki Lauda que anda na F1 e conhece Ecclestone há tantos anos, foi um pouco mais directo. «Foi estranho… Vi todo o Grande Prémio e vi muito mais Sauber e McLaren que os nossos carros, não sei porquê… Não sei bem o que se passou com o realizador hoje. Hei-de perguntar ao Bernie até porque sei que quando se faz uma pergunta ao Bernie se recebe sempre uma resposta», disse o austríaco, achando estranho, por exemplo, que da paragem para troca de pneus de Hamilton, o líder, só se tenha visto o carro já a abandonar as «boxes»…