Pode parecer estranho, tal o domínio que os Mercedes têm exercido em praticamente todas as pistas nos últimos três anos, mas tanto Lewis Hamilton como Nico Rosberg vão para Singapura com mil cautelas, assumindo até que, desta vez, o favoritismo não está do seu lado! Na memória de ambos está ainda a corrida de 2015, onde nunca estiveram perto dos lugares da frente, nem nos treinos nem na corrida.
Apesar de tudo o que dizem ter aprendido com a prova do ano passado, há coisas que não lhes saem da memória… «No ano passado não tivemos o melhor dos fins-de-semana, mas espero que tenhamos ultrapassado isso», resume Hamilton. «Calculo que o venhamos a descobrir dentro de dias… Mas mesmo que estejamos bem, nunca será fácil. Mesmo quando ali ganhámos, em 2014, não foi nada fácil. Tanto a Ferrari como a Red Bull serão competitivas, portanto teremos uma grande luta entre mãos se estivermos na frente. E espero que sim, pois adoro uma boa luta!».
Já Nico Rosberg também espera uma concorrência forte, apontando especificamente para Milton Keynes: «Esta é uma pista à medida dos Red Bull e não estivemos nada bem no ano passado. Mas acredito na nossa equipa e estou mais confiante que nunca. Como sempre, o meu objectivo é a vitória». E Rosberg está a apenas dois pontos de Hamilton na luta pelo título mundial.
O director da equipa, Toto Wolff, vai buscar um detalhe estatístico curioso, ao fim de sete edições do G.P. de Singapura: «Nunca nenhuma equipa conseguiu uma dupla nesta pista e há uma boa razão para isso, é muito difícil ter um fim-de-semana perfeito. É uma prova em que um pequeno problema pode provocar uma série de outros, à medida que o fim-de-semana vai avançando. Por isso teremos de optimizar tudo desde a primeira hora, se quisermos obter um bom resultado».
E conclui: «Não podemos cometer o erro de nos julgarmos favoritos este fim-de-semana. A Ferrari foi muito boa em Singapura no ano passado e é uma pista a que se adaptará muito bem o conceito de grande apoio aerodinâmico do ‘design’ do Red Bull». Desde o Mónaco que a Mercedes não chegava a uma pista numa posição tão… humilde, tão «de pé atrás»!