A Mercedes desistiu da ideia de apelar da penalização de 10 s imposta a Nico Rosberg no final do G.P. da Grã-Bretanha que o levou a baixar de 2.º para 3.º lugar e, pior, que lhe tirou mais três pontos no avanço que tinha sobre Hamilton no Mundial, agora reduzido a um!
A equipa anunciou ao fim da tarde de hoje a sua decisão, emitindo o seguinte comunicado: «Conseguimos provar aos Comissários que estava iminente uma falha na caixa que levaria o carro a parar e, como tal, seriam permitidos pelas regras os conselhos ao Nico para alteração do modo de funcionamento».
«Contudo, o conselho para evitar a sétima velocidade foi considerado uma violação do TD/016-16 e, portanto, do artigo 21.1 do Regulamento Desportivo. A equipa aceita a interpretação do Regulamento pelos Comissários, a sua decisão e a penalização associada. Nas próximas semanas continuaremos a discutir com os responsáveis da F1 a questão da sobre regulamentação do nosso desporto».
Ou seja, a equipa aceita a interpretação de que a conversa do engenheiro Tony Ross (aqui) com Rosberg foi excessiva, mas quer que sejam revistas as regras que limitam de forma exagerada, no seu entender, as comunicações, no caso de carros tecnologicamente tão complexos.
Logo no final da corrida, e perante a investigação a Rosberg, Toto Wolff colocava a questão de outra forma: «Dizem que o engenheiro falou demais com o Nico e deverá ser penalizado. Nesse caso, quando a Red Bull diz ao Verstappen, antes de a corrida acabar, que o Nico vai ser investigado essa também não será uma comunicação ilegal?...». Fica, de facto, difícil saber onde fica a fronteira do que se pode ou não dizer…