Não é só no futebol que os chamados «mind games» têm lugar, como forma de tentar desmoralizar a concorrência antes de o «jogo» começar… A Mercedes deixou, como nem quer a coisa, sair uma inconfidência acerca do acréscimo de potência do seu motor para 2016 e logo a Ferrari respondeu, dizendo que estava perfeitamente ao mesmo nível!
Primeiro foi Andy Cowell, o responsável dos motores da equipa Mercedes, numa invulgar revelação, a dizer: «Em 2016 teremos mais de 900 cavalos». O engenheiro britânico pôs em evidência o trabalho efectuado no motor térmico, o V6 turbo: «Claro que não foi fácil melhorar mais as ‘performances’, mas conseguimos encontrar alguns cavalos suplementares aqui e ali para atingir esta potência. A eficiência do nosso motor térmico subiu em flecha nos últimos dois anos e voltará a ser o caso em 2016».
Chegados aos 900 cv, a mágica fasquia dos 1000 cv prometida para 2017 fica, assim, bastante mais próxima e Andy Cowell admite lá chegar, fazendo referência ao que se passa na base de Brixworth, onde são feitos os motores: «A potência do nosso grupo propulsor vai continuar a crescer. Na verdade, nem sabemos onde estará o limite. Em Brixworth nunca ouvi dizer que atingimos o máximo da capacidade, há sempre alguma margem de progressão, mesmo se se tem vindo a reduzir».
Bem mais a sul, para os lados de Maranello, estas palavras parecem não ter causado grande preocupação e o novo responsável pela Ferrari Driver Academy reagiu com optimismo. «Os projectos para esta época parecem ter nascido sob os melhores auspícios e todos esperamos um grande ano da Ferrari», referiu Massimo Rivola. «No que respeita ao grupo propulsor, os técnicos fizeram um trabalho magnífico e creio que estaremos ao nível da Mercedes. Já do lado do chassis esperamos ter encontrado a competitividade que nos faltou no passado».
Esperemos que ambos estejam certos. Porque aquilo de que a Fórmula 1 está mesmo necessitada é de uma época com uma batalha aberta e bem emotiva entre dois grandes construtores!