O som dos motores dos Fórmula 1 continua na ordem do dia, até ao regresso da «chinfrineira» de que os fãs têm saudades dos tempos dos V10 e V8 atmosféricos e que desapareceu com a adopção das muito mais evoluídas mecânicas V6 turbo híbridas… A Mercedes já veio tranquilizar os indefectíveis dos motores barulhentos que os testes efectuados em banco de ensaios das unidades de 2016 revelaram um aumento considerável do nível sonoro.
«Veremos até que ponto o som irá aumentar graças às alterações introduzidas nos escapes» referiu Paddy Lowe, responsável técnico da Mercedes, acerca das mudanças que obrigam à adopção de um ou até dois escapes extra (opção dos construtores), directamente ligados à válvulas «wastegate» do turbo.
«Já foram feitas algumas medições em laboratório e mostraram um aumento significativo do nível sonoro», adiantou Lowe que explicou: «Até aqui, a válvula ‘wastegate’ do turbo acabava por ter um efeito silenciador do escape. Mas retirando-a do caminho do escape principal, esse efeito deixa de se fazer sentir no fluxo principal».
Já Pat Symonds, director-técnico da Williams, tinha prognosticado um aumento do ruído na ordem dos 25%, referindo que é provável que os carros voltem a fazer o mesmo som dos F1 turbo da década de 80, deixando ouvir melhor a mecânica.