A Mercedes teve um G.P. da Hungria particularmente difícil com uma falha geral no sistema de comunicações entre a «box» e os seus carros que afectou em especial o de Lewis Hamilton. Não foi por isso que perdeu a corrida mas complicou-lhe bastante toda a operação, andando «às cegas» durante vários períodos, de forma intermitente…
A causa do problema este na quebra de um cabo de fibra óptica na sua «box» que impediu comunicações rádio e até de dados da telemetria. «Foi um problema local de ‘hardware’, descobrimos que um cabo de fibra óptica estava partido, o que nos obrigou a trabalhar às cegas’´», revelou Toto Wolff à revista britânica «Autosport»-
«Todo o nosso sistema de comunicações e de dados ‘crashou’. Ficámos sem qualquer comunicação nem na ‘box’ nem no muro das ‘boxes’. Ou seja, não tínhamos rádio, dados, imagens, chegámos a nem ter televisores. Conseguimos restabelecer o sistema de tempos a tempos mas isso custou-nos bastante. O Lewis conseguia ouvir algumas mensagens mas não ouvia as outras», explicou o director da equipa Mercedes.
Foram então as fábricas de Brackley (chassis) e Brixworth (motor), em Inglaterra, a servir de «back-up», pois recebem os dados dos carros via satélite, enviando informações para a «box» por vias alternativas. O problema foi mais em termos estratégicos.
«Talvez pudéssemos ter invertido as posições em pista um pouco mais cedo, só depois de várias tentativas percebemos o Lewis a dizer-nos que estava muito mais rápido. Também não nos pôde dizer que os seus pneus ainda estavam em bom estado o que nos tinha permitido deixá-lo em pista mais algum tempo, se comunicássemos normalmente. Talvez isso tivesse um impacto significativo no resultado da corrida porque acabámos perto dos Ferrari, mas não é com ‘talvez’ que se ganham corridas», terminou Wolff.