Toto Wolff, director da equipa Mercedes de F1, não se mostra totalmente convencido quanto aos caminhos escolhidos para a evolução dos regulamentos a partir de 2017, nomeadamente com os motores de mais de 1000 cv de potência. No entanto, reconhece que não se opôs porque… «passariam por cima de nós».
O austríaco até concorda com a visão da directora da Sauber, Monisha Kaltenborn, quanto ao receio dessa evolução de potência dos actuais grupos propulsores V6 turbo híbridos implicar custos elevados. Mas… «Há um debate a ter lugar e, em relação a 2017, basta uma maioria simples da Comissão de F1 para alterar as regras. Esta é a realidade e se optássemos pela ‘linha dura’ de bloquear todas as propostas, acabariam por passar por cima de nós», referiu Wolff.
Em vez disso, diz preferir uma outra abordagem ao tema das alterações para 2017: «É melhor continuarmos a discutir de forma razoável o que podemos fazer a bem do desporto. Há realidades económicas e comerciais ligadas a essas decisões e se esses desenvolvimentos implicarem investimentos astronómicos seremos claros na nossa discordância. Mas, por agora, devemos manter as mentes abertas quando discutimos essas questões».
Toto Wolff continua a defender que a F1 está de boa saúde, até mais este ano! «Para os detentores dos direitos comerciais é importante ter duas equipas a lutar pelas vitórias porque é isso que chama espectadores. Tivemos disso na Malásia e voltámos a ter no Bahrain. Não digo que esteja tudo bem, mas tivemos uma boa corrida no Bahrain e parece-me que a F1 está em boa forma».