Ao fim de longos dias de investigações, antes da paragem para as férias de Verão, a Mercedes não conseguiu estabelecer uma causa clara para explicar os péssimos arranques de Hamilton e Rosberg nas últimas corridas, admitiu o director da equipa, Toto Wolff. Tanto na Grã-Bretanha como na Hungria os dois Mercedes desperdiçaram o monopólio da 1.ª linha da grelha, acabando mesmo por perder a corrida húngara, mas também na Áustria Hamilton largou mal da «pole», entregando o 1.º lugar e a vitória a Rosberg.
«Após as análises levadas a cabo, não há um factor isolado a que se possamos atribuir as causas dos maus arranque», comentou Toto Wolff à revista britânica Autosport, revelando que, no fundo, não havendo causas claras também não há… formas óbvias de resolver o problema: «Houve tantos motivos e mais algumas circunstâncias que não há um padrão claro».
E o director da Mercedes recordou o último «desastre», na Hungria: «Percebeu-se que todo o lado direito da grelha [lado sujo da pista] teve dificuldades em largar, enquanto o Vettel e o Raikkonen, do lado esquerdo, saíram muito bem, essa foi uma circunstância. Outra foi a partida abortada que acabou por provocar o sobreaquecimento da embraiagem do carro do Lewis, levando ao seu mau arranque. E podia dar outras razões, mas temos de resolver esses problemas».
Apesar das más experiências recentes, Wolff até apoia a decisão da FIA de limitar as ajudas nas partidas já a partir do G.P. da Bélgica, apesar de concordar com Lewis Hamilton que disse que passará a haver «maior imprevisibilidade» em todo o procedimento.
«Já vimos as regras e passará a haver maior variabilidade nas partidas. Mas prefiro tê-la porque o piloto não conseguiu arrancar de forma 100% perfeita do que porque o ‘software’ ou o engenheiro não o calibrou de forma 100% perfeita! É assim que deve ser, um pouco como era antes. Estamos a dar um pequeno passo atrás em termos de tecnologia, mas estou cautelosamente optimista que permita melhor espectáculo».