Ainda os ecos, não só da merecida vitória de Vettel e da Ferrari na Hungria – a Scuderia falhou dupla mais que certa por um problema no sistema híbrido do carro de Raikkonen – mas, acima de tudo, do tão inesperado como clamoroso falhanço dos «intocáveis» Mercedes. Para Rob Smedley, director de operações em pista da Williams, a equipa campeã do Mundo falhou rotundamente na interpretação do comportamento dos pneus da Pirelli.
Segundo o engenheiro britânico, que também se diz surpreendido com o ritmo dos Ferrari em corrida, foi aí que residiu a razão da derrota da Mercedes. «Se compararmos a velocidade de todos nos primeiros treinos livres com a da corrida, percebemos que fomos todos numa direcção e eles [Ferrari] foram noutra», comentou Smedley.
«Falando dos pneus, via-se facilmente que os Ferrari foram mais rápidos que os Mercedes na maior parte da corrida, o que não foi o caso na qualificação. Não que sirva de desculpa, mas estes pneus não são fáceis de compreender e, na Hungria, a Mercedes não percebeu como eles funcionavam», concluiu o engenheiro da Williams.
Já Toto Wolff, director desportivo da Mercedes, prefere uma análise mais geral. «Não podemos simplificar demasiado a questão, dizendo apenas que os Ferrari são melhores no calor [já tinham ganho na «escaldante» Malásia] e nós nas temperaturas mais amenas. Foi um circuito muito particular mas nós não fomos suficientemente rápidos com um dos carros, o do Nico e temos de perceber porquê. Porque o Lewis andou no ritmo dos Ferrari, apenas teve vários incidentes que o atrasaram».