A Mercedes reconheceu que os maus arranques dos seus pilotos se devem a problemas com as embraiagens, tendo já pedido a ajuda da casa-mãe, a Daimler, para ajudar a resolver o problema. «A colaboração da Daimler é a para a optimização do ‘hardware’ e isso pode demorar algum tempo», admitiu o director da equipa, Toto Wolff.
Apesar de terem monopolizado a primeira linha das grelhas de partida na Austrália e Bahrain, os Mercedes revelaram sempre problemas nas largadas. Hamilton baixou de primeiro para 7.º em Melbourne e para 9.º no Bahrain, depois do contacto com Bottas por causa da péssima largada o ter posto à mercê de um erro de quem viesse atrás. Rosberg foi ultrapassado por Vettel na Austrália e, no Bahrain, começou por engrenar a mudança errada na volta de formação e, na corrida, a sua partida foi aparentemente boa mas não há termo de comparação, face aos péssimos arranques de Hamilton e Raikkonen e à ausência de Vettel…
Embora Hamilton tenha admitido, no final, que o mau arranque se ficou a dever a um erro seu, Toto Wolff fez questão de esclarecer que os problemas de embraiagem tiveram grande importância no sucedido. «Parece-nos mais um problema da peça em si do que do seu controlo electrónico e isso não poderá ser resolvido de uma corrida para a outra», disse, em jeito de aviso já para o G.P. da China.
«Temos de optimizar a forma como usamos as embraiagens, como as calibramos, como os pilotos as utilizam», acrescentou Wolff. Ou seja, em Xangai os Ferrari deverão voltar a ter mais um… «wild card» para resolverem na partida uma qualificação que lhes corra menos bem, mas a Mercedes está a trabalhar intensamente para permitir bons arranques aos seus pilotos.