O director desportivo da Mercedes recusa liminarmente quaisquer teorias da conspiração que liguem o mau comportamento dos seus carros, em Singapura, a alegados problemas com os pneus fornecidos pela Pirelli. «Nada de estranho aconteceu», assegurou Toto Wolff quando inquirido directamente se a Mercedes não teria recebido pneus diferentes dos das outras equipas…
Contudo, os campeões do Mundo continuam sem respostas sobre o que sucedeu em Singapura… «Acima de tudo, temos de manter a calma!», sentenciou Wolff. «Sou um pessimista convicto mas não acredito que o nosso carro tenha perdido ‘performance’ de um fim-de-semana para outro desta forma dramática, tal como não acredito que alguém tenha ganho 1,5 s de uma corrida para outra».
O problema que fez com que os Mercedes aparecessem em Singapura tão mais lentos que Ferrari e Red Bull foi a má utilização dos pneus, mas as causas estão ainda por determinar. «Falámos com os pilotos e a degradação era enorme, o que para nós é inexplicável. É o que temos de analisar. Cremos que seja algo específico deste circuito, em que não conseguimos que os pneus garantissem a tracção necessária. É uma pista muito particular na forma como os pneus funcionam e é isso que teremos de proar em Suzuka [Japão, a próxima prova]».
Quanto ao abandono de Lewis Hamilton, Wolff explicou que se deveu a uma pequena peça de metal cuja quebra teve grandes consequências, mas que não deverá afectar o motor: «Foi uma braçadeira à saída do ‘intercooler’ que se partiu, provocando uma enorme quebra de pressão de turbo. Uma peça que usamos há imenso tempo, mas que partiu».
«Não podemos encolher os ombros e dizer que foi só uma prova que correu mal. Mas, por outro lado, não nos podemos aterrorizar com o sucedido porque, aí, entramos em ‘modo pânico’ e isso seria totalmente errado e contraproducente», completou Toto Wolff, antes de reconhecer que os Ferrari também evoluíram muito: «O novo motor que estrearam em Monza é um passo em frente. Eles continuarão a desenvolver o carro, mas não devemos entrar em depressão e deveremos lembrar-nos de Spa onde tiveram um fim-de-semana também muito difícil».