Aquilo que estava decidido há poucas semanas, afinal… não estará. Ou seja, a mudança do regulamento a autorizar cinco motores por piloto para este ano, em vez dos estipulados quatro, não deverá ir para a frente, tudo indica que por veto da Mercedes.
É, pelo menos, o que se depreende das declarações de Niki Lauda, presidente não-executivo da equipa Mercedes, à agência austríaca APA: «Não haverá um quinto motor. Não se podem mudar as regras a meio do jogo!». Ora como, para alterar os regulamentos, é indispensável a unanimidade de todas as equipas, presume-se que Lauda esteja a antecipar o veto da Mercedes.
Ainda recentemente Christian Horner, director da Red Bull, revelara que todas as equipas e Bernie Ecclestone tinham concordado com o alargamento do número de motores autorizados mas, pelos vistos, a Mercedes terá revisto a sua posição, perante a ameaça que a Ferrari está a constituir. O que deixa em péssima situação, por exemplo, Daniel Ricciardo (Red Bull) que já irá usar, na quinta prova do ano, o seu quarto motor V6 turbo…
A Mercedes tentará, assim, ganhar vantagem, não só pela limitação dos motores a usar quando tem o grupo propulsor mais fiável do pelotão (mas isso já fazia parte das regras para este ano), mas também por ainda não ter usado qualquer «ficha» de desenvolvimento este ano. «O nosso plano para Barcelona é usar a mesma versão [do motor] que utilizámos nas primeiras quatro corridas», revelou uma fonte da equipa ao diário brasileiro «Globo».