A qualificação para o G.P. da Bélgica foi um rotundo falhanço da Ferrari, precisamente quando queria voltar a pressionar a Mercedes, procurando prosseguir a senda de êxitos, após a vitória na Hungria. Mas Raikkonen teve de parar logo no início da segunda parte do treino com uma avaria mecânica e Vettel fez modesto 9.º tempo, embora a apenas… 0,19 s do 3.º.
«Não creio que se possa falar em sábado negro…», defendeu o alemão. «Claro que se virmos o resultado final não podemos ficar satisfeitos. Perdemos um carro na qualificação e eu não consegui obter um grande resultado. No Q2 fomos terceiros mas, se observarmos os tempos, podemos ver como a luta foi tão equilibrada. No Q3 tivemos o mesmo ritmo mas não conseguimos evoluir e melhorar tanto como os outros conseguiram e, por isso, acabámos por perder lugares».
Mas Vettel adverte, mostrando já um bom conhecimento de como as coisas funcionam em torno da Scuderia… «Mas não há motivos para entrar em pânico, como disse a luta está muito equilibrada, não estamos contentes mas temos tempo para mudarmos as coisas para a corrida».
E Vettel analisou a última parte da qualificação: «Certamente que a Lotus e a Force India são as grandes surpresas, se compararmos as suas prestações com as das últimas corridas. Mas eu no Q3 não consegui fazer uma volta perfeita quando era preciso e os outros fizeram». Quanto a aproveitar o novo procedimento de partida para recuperar lugares, o alemão mostrou toda a sua maturidade: «Claro que amanhã pode ser diferente, vou tentar ganhar posições na partida e na primeira volta… mas não é aí que se vai decidir a corrida».
Quanto a Raikkonen, a Scuderia mantém que o seu problema foi a baixa repentina da pressão de óleo, apesar dos ruídos escutados na transmissão televisiva indicarem claramente de que alguma coisa na parte mecânica se quebrara, no grupo propulsor ou na transmissão… «Senti uma perda de potência, fiquei sem motricidade e tive de parar, não foi a equipa que me pediu», contou o finlandês que ainda não sabia se teria de haver substituição do motor ou caixa: «É uma decisão que terá de ser a equipa a tomar…».