Os pilotos pediram e a Pirelli vai dar-lhes, este ano, pneus com uma nova construção e que lhes permitirá atacar durante a corrida, preocupando-se menos com a gestão do desgaste das borrachas. Por outro lado, a marca italiana inovou nessa construção, com uma nova e fina camada interna de borracha para evitar os rebentamentos ocorridos no G.P. da Bélgica, nomeadamente no Ferrari de Sebastian Vettel, já perto do final da corrida.
Foi uma reunião particularmente concorrida, a organizada em Milão pela marca italiana, com o seu presidente, Marco Provera, a receber Jean Todt (FIA), Bernie Ecclestone (FOM), Sergio Marcchione (presidente da Ferrari), Toto Wolff (Mercedes) e Ron Dennis (McLaren), além de seis pilotos: Vettel, Raikkonen, Rosberg, Massa, Bottas e Kvyat. Presentes estiveram ainda o delegado técnico da FIA e director de provas da F1, Charlie Whiting e o director da Pirelli Motorsport, Paul Hembery. Enquanto se falou de pneus, o acordo foi total e as pretensões dos pilotos e da Pirelli foram satisfeitas.
Com o apoio dos colegas, Rosberg foi o mais eloquente na defesa de pneus que permitissem uma condução mais agressiva durante mais tempo, sem que tivessem de estar sempre preocupados com a gestão da sua durabilidade. A Pirelli prometeu que os pneus de 2016 permitirão ritmos de corrida mais rápidos e menos preocupações, até pela nova construção que passou a ter um novo elemento de segurança.
Sob o piso, passou a haver uma finíssima camada de borracha bastante mais dura o que significa que, quando o piso estiver muito desgastado, as prestações dos pneus decairão de tal forma que os pilotos não terão outra solução senão ir às «boxes» trocá-los antes de correrem o risco de rebentamento.
Por outro lado, a Pirelli viu satisfeitas as suas pretensões de organizar testes, ao longo deste ano, para poder desenvolver os novos pneus para 2017 que serão mais largos e preparados para suportarem cargas mais elevadas de carros que deverão ser mais potentes e com cargas aerodinâmicas mais elevadas. Resta, contudo, saber com que carros serão feitos esses testes, tendo Ecclestone dado um mês para que equipas e Pirelli se entendam quanto aos procedimentos desses treinos.
Terminada a conversa sobre pneus, houve ainda uma tentativa de falar de outros assuntos relativos ao futuro da F1. E o que transpirou da reunião é que… até os pilotos ficaram impressionados com a aparente impossibilidade de estabelecer qualquer espécie de acordo entre equipas e responsáveis da modalidade quanto às regras para 2017! O prazo está a esgotar-se, pois tudo deverá estar definido (a bem…) até 1 de Março. A partir daí, Todt e Ecclestone ficarão com a faca e o queijo na mão para determinarem o futuro da Fórmula 1!