Ainda algo abalada pelos maus resultados da qualificação para o G.P. de Singapura, a equipa Mercedes recusa, contudo, que tenham sido as regras impostas pela Pirelli e pela FIA, quanto às pressões mínimas obrigatórias, temperaturas máximas das coberturas térmicas de aquecimento dos pneus ou cambers máximos das suspensões a comprometer o comportamento dos seus carros.
«As pressões impostas pela Pirelli não tiveram qualquer influência nas nossas afinações e estivemos sempre bem dentro dos limites», garantiu Toto Wolff. «O que falhou foi a capacidade de tracção mecânica que não conseguimos extrair dos pneus traseiros, porque o carro não mudou e o motor não mudou. Não há uma explicação clara para a quebra de ‘performance’ do carro, nem usámos qualquer modo de poupança do motor». Até porque, na medição de velocidade máxima, Hamilton e Rosberg voltaram a ser os melhores (310 km/h), bem à frente do Ferrari de Vettel (307 km/h) e a «anos-luz» do Red Bull de Ricciardo (295 km/h)!
«Apenas não conseguimos que o carro extraísse tudo dos pneus. Tem de se acertar tudo, altura ao solo, camber, pressões, temperaturas do interior e da superfície e há tanta coisa a influenciar tudo isso…», lamentou Wolff. «Quando se analisa o quadro geral, foi apenas a falta de tracção que nos tornou mais lentos que os outros». Mais estranho quando se vê que Hamilton melhorou em três décimos o tempo com que fez a «pole» em 2014, melhorada em… 1,8 s por Vettel!
O sucedido na qualificação com os Mercedes foi de tal forma inesperado que ninguém no «paddock» conseguiu esconder a surpresa… «A diferença que conseguimos para os Red Bull foi a que esperávamos, mas aquilo que foi verdadeiramente estranho foi como os Mercedes foram tão lentos», comentou James Allison, director-técnico da Ferrari.