A Renault vai mesmo estrear a evolução B do seu grupo propulsor no G.P. do Mónaco, mas apenas num carro de cada uma das duas escuderias que equipa, a sua própria e a Red Bull. Não foi ainda anunciado quais os dois pilotos que beneficiarão do novo motor, mas este é um sinal de que a marca ficou satisfeita com o nível de fiabilidade atingido nos testes de Barcelona.
O que não é de estranhar, afinal o Red Bull cumpriu 207 voltas, enquanto o Renault totalizou 224, ou seja, quase quatro Grandes Prémios em dois dias! Daí a decisão de antecipar a estreia da evolução do motor, inicialmente prevista para o Canadá, onde já estará disponível para os quatro carros. Para o Mónaco, por falta de peças e de tempo, a Renault só poderá produzir dois motores com as novas especificações.
É natural que as equipas privilegiem os pilotos que estão mais à frente no Mundial, ou seja, Daniel Ricciardo na Red Bull e Kevin Magnussen na Renault. Por outro lado, o Mónaco servirá também como mais uma longa sessão de testes para o novo motor, já que a vantagem em termos de potência não será decisiva, sendo mais importantes os avanços a nível de facilidade de utilização nos regimes mais baixos.
Segundo Remi Taffin, Director Técnico da Renault, da parte dos motores, esta evolução poderá representar «um ganho de meio segundo por volta», algo de muito significativo! «No final do ano passado fizemos alguns avanços com o turbo. Esta evolução inclui evoluções significativas no sistema de combustão que tornam o motor térmico mais potente mas também mais eficiente».
O técnico francês só não quis ser específico quanto ao número de fichas de desenvolvimento utilizadas nesta evolução: «Foi uma pequena proporção das que ainda temos disponíveis», limitou-se a dizer Taffin.