A Mercedes vai entregar o seu carro, durante os dois dias de testes que se realizarão no Hungaroring, após o G.P. da Hungria, ao jovem piloto britânico George Russell. Será o segundo e último teste oficial durante a temporada, depois do realizado no Bahrain, onde a Mercedes recorreu aos serviços de Hamilton e Bottas, ficando logo aí a saber que já não poderia ter nenhum dos seus pilotos nos ensaios da Hungria: por regulamento, dois dos quatro dias de testes têm de ser para pilotos que não tenham feito mais de dois Grandes Prémios na sua carreira.
Daí que a Mercedes tenha organizado, em Abril, um teste discreto no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, com um W06 de 2015, em que fez rodar George Russell e o canadiano Nicolas Latifi. Este último tornou-se o piloto de reserva da Renault e o britânico passou a trabalhar mais de perto com a Mercedes, passando já muitas horas no simulador da equipa, até para auxiliar nas evoluções que vão sendo feitas nas pistas.
Este fim-de-semana tem estado em Baku, seguindo nas «boxes» todas as movimentações à volta dos carros de Hamilton e Bottas. «Estou muito entusiasmado por ir testar o W08!», disse quando soube que seria ele a guiar nos testes do Hungaroring. «Provavelmente já guiei mais voltas virtuais neste carro que qualquer pessoa, por isso será incrível guiá-lo na realidade».
Russel tem, contudo, a noção não só da responsabilidade que terá naquele teste mas também da importância que ele poderá ter na sua carreira. «A minha prioridade será fazer um bom trabalho para a equipa, cumprir o programa dos engenheiros e garantir que extraímos o máximo do carro durante os dois dias de testes».
George Russell (19 anos), foi campeão britânico de F4 na sua primeira época nos monolugares (2015), tendo ficado em 2.º no Masters de F3 no ano seguinte. Em Janeiro deste ano a Mercedes integrou-o no seu programa de jovens pilotos e tem alinhado no campeonato de GP3 com a equipa ART Grand Prix ocupando de momento a 5.ª posição.