A Pirelli pode não ter tirado todas as conclusões que gostaria dos testes realizados com os novos pneus de chuva e os intermédios, mas os pilotos já perceberam uma coisa: com estes pneus de chuva mais largos e a nova aerodinâmica dos carros de 2017 será virtualmente impossível… correr à chuva! Porque se já é quase impossível seguir um carro, quando um piloto tiver de andar atrás de três ou quatro andará totalmente «às cegas»!
A situação é de tal forma crítica e provocada também pela aerodinâmica que até com os intermédios, portanto em situação de muito menos água na pista, poderá haver grandes problemas de visibilidade… Os pneus em si parecem ser fenomenais, pela enorme quantidade de água que conseguem escoar a altas velocidades. Essa cortina de água levantada, agravada pela forma como a aerodinâmica a projecta é que criará grandes dificuldades.
Os novos pneus para situação de chuva extrema (os azuis) parecem ter demonstrado uma enorme eficácia, dissipando 50% mais água que os do ano passado, ou seja, 90 litros por segundo os traseiros e 60 litros por segundo os dianteiros! Mario Isola, responsável da Pirelli, avisou: «Vai ser complicado um piloto andar atrás de outro, mas nós só temos de fazer os melhores pneus que conseguirmos, não fazemos as regras».
Num ano em que tudo é novo, irão surgir novos problemas, certamente. E as corridas à chuva serão… um «mar» deles, nomeadamente com o regresso das partidas paradas. Depois, o director de prova terá de julgar se há ou não condições de visibilidade para a prova se disputar em segurança.
