Uma adenda ao regulamento técnico da Fórmula 1 subiu o limite mínimo do peso dos monolugares de 2017 para 728 kg, dos 722 kg inicialmente previstos. Este ajuste foi feito para adaptar os carros ao peso extra dos pneus mais largos que utilizarão este ano e significa que o peso mínimo legal (sem gasolina) estará 26 kg acima do valor de 2016 (702 kg).
Este acerto deve-se à aplicação do artigo 4.3 do regulamento que manda ajustar os limites do peso mínimo em função da diferença de peso das rodas dos dois eixos entre os pneus de seco de 2016 e 2017, arredondada para o quilograma acima. Essa diferença foi agora estabelecida em cerca de 1 kg para cada pneu dianteiro e cerca de 1,5 kg para o traseiro, num total que superava os 5 kg, levando ao arredondamento para os 6 kg. Assim se explica a passagem de 722 para 728 kg do peso mínimo a respeitar.
A maior largura dos carros deste ano (mais 20 cm) e o depósito de maiores dimensões – para levar 105 kg de combustível em vez dos 100 kg de 2016 – são duas das razões para o aumento de peso imposto pela FIA para os carros deste ano. Normalmente, as equipas fazem um esforço para construir carros abaixo do peso mínimo regulamentar, de forma a colocarem depois lastros nos pontos em que lhes for mais favorável para o equilíbrio dinâmico do chassis.
Sendo o peso o maior inimigo de um carro de competição, obviamente que estes 26 kg suplementares (mais 3,7%) terão o seu impacto: em termos muito latos, sem levar em linha de conta o tipo de pistas nem configurações aerodinâmicas, estima-se que cada 10 kg signifiquem uma perda de 0,3 s por volta; ou seja, aqueles 26 kg «travariam» os carros em 0,78 s por volta. Isso não será, contudo, suficiente para impedir que os carros deste ano se venham a revelar muito mais rápidos que os do ano passado, provavelmente 3 s por volta.