Atento ao facto de a recente sondagem efectuada entre os fãs da F1 – e que recebeu mais de duzentas mil respostas – ter mostrado que cerca de 70% defendia o fim do «regime de pneu único», ou seja, a existência de mais de um fornecedor, a Pirelli já se disse pronta para uma futura «guerra de pneus», como se assistiu, pela última vez na F1, entre a Bridgestone e a Michelin. «Estamos presentes em muitas competições, seja de forma isolada ou juntamente com outras marcas e nós gostamos de competição», garantiu Marco Provera, presidente da marca italiana.
A F1 passou a viver numa situação de fornecedor exclusivo a partir de 2007, primeiro com a Bridgestone e, desde 2011, com a Pirelli que tem um contrato válido até 2019. «Continuamos plenamente envolvidos e a F1 continua a ser a competição mais atractiva do Mundo e muito faz pela imagem da Pirelli», refere Provera que não afasta a possibilidade de prolongar a sua ligação à disciplina. Com ou sem concorrência.
«Quando corremos contra outros, habitualmente ganhamos. Estamos abertos a todas as formas de concorrência e com quem quer que seja», garantiu, embora tenha alertado que a maior resistência ao regresso da «guerra dos pneus» virá precisamente… das equipas que temem que isso leve a um aumento dos custos. «Não senti grande vontade de mudança da parte delas mesmo se, em relação aos custos, a nossa actividade já é bastante cara mesmo sem concorrência».