A Pirelli teve de montar uma enorme operação logística para os oito dias de testes de pré-temporada, em Barcelona: levou nada menos de… 3500 pneus para a pista catalã desta nova geração de medidas mais largas. E, pelos pedidos das equipas, vamos assistir a longas séries de voltas, já que as misturas mais solicitadas foram as macias e as médias.
Assim, e respondendo às solicitações feitas pelas equipas, a Pirelli levou para Barcelona 287 jogos de pneus macios, 263 de médios, 74 de supermacios, 53 de ultramacios e 23 de duros. Tem ainda 70 jogos de pneus de reserva feitos com compostos alternativos, para o caso de haver algum problema com os que serão, em princípio, os oficiais.
Além daqueles jogos de pneus para seco, a Pirelli tem ainda 67 jogos de pneus intermédios e 45 para chuva. À partida, o que está combinado é que, esta semana, o quarto e último dia de testes seja realizado com a pista molhada, testando de manhã os pneus de chuva e à tarde os intermédios. Mas é uma programação que pode ser alterada, em conjugação com as equipas, no caso de chover durante um dos outros dias, o que não está previsto…
Entretanto, as equipas receberam uma excelente notícia por parte da marca italiana de pneus. Pelo menos para já, nestes primeiros testes, acabaram aquelas pressões mínimas «malucas» que punham a cabeça em água a engenheiros e pilotos, por demasiado elevadas! Segundo a revista alemã «Auto Motor und Sport», a Pirelli estabeleceu os 22 PSI para os pneus dianteiros e 18 PSI para os traseiros como as pressões a usar nestes novos pneus, em Barcelona, tendo recebido reacção efusiva por arte de um engenheiro da Renault: «Decisão corajosa! Com estas pressões poderemos ver do que serão capazes estes carros».
Por outro lado, a Pirelli transmite uma mensagem de estar bastante segura quanto à qualidade dos seus novos pneus. Os 18 PSI nos pneus taseiros é um valor que já não se via desde o incidente com o pneu de Vettel em Spa-2015… E isto, segundo os técnicos da Renault, apesar de os testes dos novos pneus não terem sido feitos em condições ideais: os carros de 2015 modificados que foram usados simulavam um aumento de 10% da carga aerodinâmica, quando estes carros têm mais 30% e motores mais potentes…