Não é só a respeito dos motores, reabastecimentos e mexidas nos regulamentos que as equipas de F1 não se entendem. Também quanto às regras dos pneus para 2016 não consegue haver um consenso que gere a unanimidade indispensável e a reunião realizada no Canadá nada adiantou…
A ideia inicialmente avançada era que, em 2016, as equipas pudessem escolher livremente os pneus a usar, de entre as misturas propostas pela Pirelli, em vez de ser esta a definir as borrachas a usar em cada prova. A marca italiana começou por explicar o desafio logístico que uma decisão dessas implica: as equipas teriam de escolher em Novembro os pneus a usar na primeira parte da época e em Abril os da segunda parte!
Naquela reunião sido discutidas quatro propostas (Pirelli, Red Bull, Mercedes e McLaren) mas, sem surpresa, não houve qualquer consenso. E fazendo jus ao que parece ser o lema da F1 – para quê simplificar se se pode complicar?! –, entre as propostas terão estado a possibilidade de haver seis tipos diferentes de borracha, serem usados três compostos por Grande Prémio, os pilotos não largarem com os pneus com que se qualificaram e… um sistema de «joker» que permitiria que as equipas escolhessem livremente os pneus quatro ou cinco vezes por ano!
A Pirelli voltou a mostrar-se disponível para seguir novos caminhos, tendo apenas colocado duas condições: que a imagem da marca continuasse em destaque, mantendo os pneus como tema de debate nas corridas; e que não houvesse possibilidade de uma equipa fazer uma escolha demasiado arriscada de pneus e que, a correr mal, as culpas se virassem para o fornecedor dos pneus.
Uma vez mais, as propostas parecem ter sido tão complexas e tão a «olhar para o umbigo», que não se chegou a conclusão nenhuma…
