Daniil Kvyat vai ter de se portar com muito juízo, pelo menos nas quatro primeiras provas do próximo ano. Ou seja, até ao seu G.P. da Rússia a última corrida que se realiza antes de 1 de Maio, data em que começam a caducar os primeiros pontos averbados na sua superlicença ao longo de 2016.
O russo foi o único a somar oito pontos na superlicença ficando, por isso, a apenas quatro do limite de doze que corresponde a uma corrida de suspensão. O que significa que só pode receber, no máximo, três pontos até 1 de Maio, altura em que caducam os primeiros pontos averbados na sua superlicença, na sequência da catastrófica partida no G.P. da Rússia deste ano, quando abalroou por duas vezes o Ferrari de Vettel. Recorde-se que os pontos na superlicença têm a validade de um ano civil e não de uma época desportiva.
O segundo piloto mais em risco é Esteban Gutierrez, com sete pontos, mas não se sabe ainda se o mexicano alinhará no próximo Mundial, embora apareça como candidato a um lugar na Sauber ou na Manor. Nico Rosberg somou seis pontos mas não está, obviamente, em risco, enquanto Lewis Hamilton não teve qualquer ponto mas recebeu duas repreensões, arriscando-se a uma penalização de dez lugares na grelha de partida, no caso da terceira. Neste caso, o registo é limpo no final da época.
A época de 2016 resultou na aplicação, por parte dos Comissários Desportivos, de 139 penalizações, entre multas (31), lugares na grelha (55), penalizações em corrida, seja em tempo, passagens pelas ou paragens nas «boxes» (39) e repreensões (14). As multas garantiram um encaixe de 36.700 € à FIA, apenas mais 400 € que em 2015 e muito longe dos máximos de 2013 (297.600 €) e 2012 (194.200 €). O mais «generoso», com os seus excessos de velocidade nas «boxes», foi Sergio Perez, com um total de multas de 2700 €!