O ambiente na Ferrari ficou mais tenso por a equipa não ter aproveitado o «suicídio» dos Mercedes em Espanha para conseguir a primeira vitória do ano, mas não se confirma que a liderança de Maurizio Arrivabene esteja em causa. «Destituir-lo?! Isso é um disparate sem sentido! A equipa precisa é de trabalhar em paz, até porque ainda é possível conquistar o título», declarou Sergio Marchionne, presidente da marca, aniquilando os rumores que apontavam para uma posição frágil do director desportivo.
Apesar disso, Marchionne, que esteve em Barcelona numa das suas raras aparições em Grandes Prémios, não apreciou o que viu: a Mercedes abriu a porta das vitórias à Ferrari mas quem aproveitou foi a Red Bull… com um miúdo de 18 anos! «Há dois anos que andamos a perseguir a Mercedes e, no dia em que a Mercedes cai, é a Red Bull que ganha…», constatou o italiano.
E nem a subida dos seus dois pilotos ao pódio, com Raikkonen em 2.º e Vettel em 3.º, aplacou a sua fúria! «Não há nada de que nos devamos alegrar, temos de guardar o champanhe deste duplo pódio no frigorífico e continuar a trabalhar no duro. Porque não foi um pódio, foi uma oportunidade perdida! Não estivemos à altura na qualificação, não fomos rápidos na parte final da corrida e a nossa gestão dos pneus não foi eficaz».
A questão que começa a ser levantada é se o trabalho feito no defeso foi assim tão eficaz e se as promessas deixadas na pré-temporada terão sido realistas… «Percebemos os problemas e espero que encontremos as soluções rapidamente. Isto já se arrasta há muito tempo, mas acho que temos margem para evoluir», concluiu Marchionne que, para já, mantém a confiança na estrutura da Scuderia.