O presidente da Renault (e da Aliança Renault/Nissan), Carlos Ghosn, confirmou que a marca francesa e a Red Bull estão actualmente em negociações para encontrarem uma forma de colocar termo imediato ao contrato que as liga até final de 2016. Ou seja, é a confirmação oficial de que, na próxima temporada, os Red Bull já não terão motores Renault.
Foi no primeiro dos dois dias reservados à imprensa, antes da abertura ao público do salão automóvel de Frankfurt (IAA), que Carlos Ghosn confirmou um divórcio que era praticamente um dado adquirido. «Estamos ainda a analisar o que fazer. Mas fomos muito claros ao dizer: ‘Não contem connosco como simples fornecedores de motores’. Porque é óbvio que, nesta situação, nunca somos mencionados quando se ganha mas somos logo criticados quando se perde».
Isto foi, pelo menos, o que confidenciou à revista britânica «Autocar» já que, na sua intervenção oficial no «stand» da Renault, em Frankfurt – onde apresentou os novos Mégane e Talisman –, Ghosn não disse uma palavra acerca da Fórmula 1. «Tomarei muito em breve uma decisão e serei eu próprio a anunciá-la, referiu, não se pronunciando acerca da compra da Lotus.
«Em 2009, a BMW, Honda e Toyota saíram da Fórmula 1», recordara, no domingo, a um jornal francês. «Na altura hesitámos muito, mas decidimos ficar por uma questão de fidelidade e porque o nome da Renault está associado ao da F1. Mas nesta configuração actual não podemos continuar. Por isso o nosso futuro está a ser objecto de uma análise detalhada e tanto poderemos abandonar como correr com uma equipa nossa». Mas se a marca (leia-se Ghosn…) estiver mais inclinada em abandonar, porque terá ido a correr salvar a Lotus de um processo de liquidação fiscal perante um tribunal londrino?...