Nick Chester, director técnico da equipa de Fórmula 1 da Renault, já confirmou aquilo que ficara implícito na apresentação da equipa: o chassis RS16 que iniciará a temporada de 2016 é uma solução de compromisso, pouco mais sendo que um Lotus E23 adaptado ao motor Renault e com as evoluções aerodinâmicas nunca estreadas.
Não é surpresa nenhuma, pela data tardia em que ficou decidida a compra da Lotus pela Renault e definida a troca do motor Mercedes pelo grupo propulsor francês. «Foi muito complicado», explicou Nick Chester. «Em condições normais, mesmo em Maio já se torna bastante difícil integrar um novo grupo propulsor num chassis. Mas neste caso, até ao final do ano nunca soubemos exactamente qual o motor que iríamos usar em 2016, o que tornou tudo ainda mais difícil».
E Chester elucidou o enorme trabalho exigido à equipa de Enstone: «Tivemos de alterar toda a parte traseira do chassis, bem como o sistema de refrigeração e fazê-lo no mínimo espaço de tempo possível, o que exigiu um enorme trabalho». A conclusão é óbvia e Nick Chester não foge ao assunto: «O carro não estará tão optimizado quanto nós gostaríamos. Não exagerámos nos compromissos, mas também não tivemos tempo suficiente para optimizar o nosso monolugar como desejaríamos».
Apesar deste arranque compreensivelmente a «meio gás», espera-se que para o G.P. de Espanha, no arranque da temporada europeia, a equipa já consiga apresentar uma grande evolução do seu chassis, naquele que poderá ser considerado como o primeiro verdadeiro Renault desta nova «aventura» da marca francesa enquanto construtor de F1.