A compra de 65% da equipa Lotus de F1, por parte da Renault, é já dada como certa e deverá ser confirmada pelo conselho de administração na segunda-feira, a que se seguirá, provavelmente ainda na próxima semana, a formalização do negócio. Será o regresso da Renault enquanto construtora «de corpo inteiro» ao Mundial de F1.
Os detalhes não são, obviamente, conhecidos com exactidão, mas o que consta é que a marca do losango irá pagar por 65% da Lotus cerca de 80 milhões de euros, dando 9,5 milhões já na assinatura da compra e pagando o restante em partes iguais, ao longo dos próximos dez anos. As restantes acções deverão ficar na posse de Gerard Lopez (25%) – actual accionista maioritário, através da Genii Capitals – e de… Alain Prost (10%), com ambos a desempenhar funções semelhantes às que Toto Wolff e Niki Lauda têm na equipa Mercedes, também eles accionistas da escuderia campeã.
A razão para a escolha recair na Lotus tem muito a ver, além do conhecimento que a Renault tem das instalações de Enstone, onde trabalhou até 2010, com a modernização das suas infra-estruturas: o simulador e a parte computacional de estudo da dinâmica de fluídos (crucial para a aerodinâmica) tem apenas dois anos, enquanto o túnel de vento tem três. Instalações muito mais modernas e completas que as da Force India, com quem a Renault chegou a manter conversações.
Há ainda, contudo, muitas questões para serem respondidas, sendo a mais importante se a equipa oficial Renault alinhará já no Mundial de 2016 ou… apenas em 2017. A ideia que está em cima da mesa, contudo, é dotar a equipa – e, já agora, o departamento de motores! – de meios financeiros semelhantes aos da Mercedes e Ferrari para que a marca francesa se possa bater de igual para igual. O projecto passa por reunir um conjunto importante de patrocínios que o permitam, falando-se num envolvimento a dez anos. Quanto às (muitas) outras questões que este negócio levanta, iremos abordá-las num artigo à parte…