As três equipas que contam com o novo grupo propulsor fabricado este ano pela Renault (o R.E.17) tiveram dificuldades para levar a cabo a totalidade dos seus programas de desenvolvimento previstos para os testes de Barcelona, devido a falhas diversas do lado do motor. Quase todas com a mesma origem (se exceptuarmos a avaria do turbo no Red Bull de Verstappen, no último dia) e já detectada pela Renault… até antes de se iniciarem os primeiros testes!
«Temos um motor totalmente novo para este ano e temos estado limitados em quilometragem devido a um elemento no sistema de recuperação de energia», assumiu o responsável dos motores franceses, Rémi Taffin. «Já nos tínhamos apercebido de problemas semelhantes nos testes em banco de ensaios, mas a utilização em pista acabou por ampliar a sua gravidade».
Esta semana, Jolyon Palmer teve dois dias estragados por causa do sistema de recuperação de energia, enquanto Max Verstappen (Red Bull) também teve de parar por duas vezes na 4.ª feira por falhas no MGU-K, o dispositivo que recupera a energia das travagens. «Já trabalhamos nas alterações necessárias que esperamos já ter disponíveis em Melbourne para atingir o nível de fiabilidade desejado. Mas é verdade que foi um problema que teve impacto nestes testes de Barcelona», reconheceu Taffin.
Jolyon Palmer, por seu turno, nem dava exagerada importância ao problema do motor, mas mostrava-se preocupado com as consequências das suas falhas: «Precisávamos de mais voltas para evolução do chassis… A ‘performance’ do motor sabemos que conseguiremos recuperá-la, por isso é importante termos um chassis equilibrado para quando pudermos explorar o motor a fundo.