Falou-se, durante a segunda metade da temporada, que a BP, petrolífera britânica e uma das maiores do Mundo, iria apostar forte na Fórmula 1, com um chorudo orçamento para isso. Não se calculava é que o fizesse… através de duas equipas. Porque, além de um contrato publicitário que deverá assinar com a McLaren – substituindo a Exxon Mobil que «saltou» para a Red Bull –, a BP estará à beira de estabelecer uma alargada parceria com a Renault.
Já se sabia que a equipa francesa se iria separar da petrolífera Total no final deste ano e a parceria com a BP será muito mais que um simples patrocínio, contando com um envolvimento técnico e comercial. Em termos de Fórmula 1, a Renault pretende constituir uma parceria à semelhança da que existe entre a Mercedes e a Petronas, com a petrolífera malaia a revelar-se determinante no domínio dos motores da estrela.
«Antes de regressarmos, no início deste ano, analisámos cuidadosamente os factores chave do sucesso da Mercedes», explicou o director-geral da Renault Sport F1, Cyrel Abiteboul. «E um deles é a Petronas. Pouca gente se apercebe da forma como a Petronas se envolveu na Fórmula 1, financeira e tecnicamente. E é disso que precisamos, um parceiros que esteja comprometido connosco a 100%».
Mas como não é fácil «convencer» uma empresa a gastar milhões directamente em patrocínio, mais outro tanto em desenvolvimento tecnológico dos melhores combustíveis e lubrificantes, a Renault jogou uma carta decisiva para «seduzir» a BP: uma ligação aso carros de estrada que passarão a sair das fábricas com produtos da BP, o que poderá até ser expandido a outras marca que fazem parte do grupo reunido em torno do emblema da marca francesa, como a Nissan, Infiniti, Mitsubishi e Lada!
«Somos o maior construtor envolvido na Fórmula a [em produção de automóveis para a estrada]. Não tenho dúvidas de que só isso será muito atraente para qualquer companhia petrolífera», concluiu Abiteboul.