A Renault está interessada em renovar a parceria com a Red Bull para 2017, depois de as relações entre as ambas as partes se terem normalizado já durante esta temporada, voltando a fornecer motores à equipa sob a sua própria marca. Porque, recorde-se, o acordo que permite à Red Bull usar motores da marca francesa rebaptizados TAG Heuer termina no final desta época.
«Era a melhor coisa que podia acontecer à equipa de Enstone», garantiu Frédéric Vasseur, director desportivo da Renault, quando confrontado com o problema da concorrência directa com a escuderia oficial da marca. «É muito importante termos uma referência e sabemos que a Red Bull tem um dos melhores chassis do pelotão. Isso servirá para nos situarmos, para sabermos exactamente onde estamos. Farei tudo para que isso aconteça».
Dada a notória evolução do motor Renault, além do passo que é esperado para o Canadá, do lado da Red Bull parece também haver alguma boa vontade para retomar a parceria. A relação entre ambas as partes que se extremou ao ponto de a equipa quase ter ficado sem motores para este ano é agora muito mais pacífica e amigável. A decisão terá, contudo, de ser rápida, uma questão de algumas semanas, tudo indicando que só o lado comercial poderá dificultar o retomar de uma parceria que valeu quatro anos de domínio da F1.
O novo acordo sobre motores, que garante que nenhuma equipa ficará «apeada», impõe um calendário específico para se saber quem fornece quem. Assim, até à próxima sexta-feira (6 de Maio), os construtores têm de notificar a FIA da sua intenção de fornecer motores no próximo ano. Até dia 15 têm de notificar a FIA da lista de equipas com que têm acordos firmados. E se, até 1 de Junho, houver equipas sem motores garantidos para 2017, a FIA pode chamar um construtor a fornecer mais escuderias.
Estando a Mercedes (Williams, Force India e Manor, além da equipa oficial) e Ferrari (Sauber, Haas e Toro Rosso, além da sua equia), além do limite mínimo das três equipas por construtor – há 11 equipas para quatro construtores – esse esforço adicional só pode ser pedido à Renault ou à Honda.
De momento, não há necessidade de o fazer, pois a situação actual tem todas as equipas satisfeitas. Mas, caso avance o regresso dos Red Bull/Renault, quem não nos diz que a parceria volte a ser alargada à Toro Rosso que não estará disposta em contentar-se com versões antigas dos motores Ferarri?...