A Renault e a Red Bull anunciaram hoje que prolongarão a sua colaboração por mais dois anos, com o fornecimento de motores para as temporadas de 2017 e 2018. Mas há mais: a marca francesa «recupera» a Toro Rosso para o seu campo, também para dois anos. «Ficamos muito felizes por nos associarmos a duas equipas tão fortes como a Red Bull e a Scuderia Toro Rosso», declarou solenemente Jérôme Stoll, presidente da Renault Sport Racing.
Há já alguns dias que se vinha falando da eminência desta acordo e de como as relações entre a Red Bull e a Renault se tinham desanuviado, obviamente pelas melhorias do grupo propulsor francês e, em especial, pelo significativo passo em frente que representa a evolução B. «A nossa relação com a Renault evoluiu muito este ano e o prolongamento do contrato é apenas uma formalidade que se concretizará em breve», dizia há dois dias Christian Horner, director da Red Bull.
No fundo, a equipa estava só a tentar negociar a redução da factura anual que pagava para ter as unidades motrizes francesas, estimada em 28 milhões de euros… Suportada, segundo consta, tanto pela TAG Heuer que dá nome ao motor como, em menor parte, pela Aston Martin com que a Red Bull estabeleceu uma parceria na fase final do ano passado.
Além disso, nesta renegociação, a empresa das bebidas energéticas aproveitou para resolver outro problema: a Toro Rosso já fizeram saber que não queria continuar a correr com motores de especificações do ano anterior, como sucede com os propulsores Ferrari que usa este ano. Assim, também a equipa de Faenza está incluída no acordo, recebendo também os motores franceses até 2018, pelo menos.
Outro detalhe importante deste acordo é que ambas as equipas são livres de baptizarem os motores com os nomes que mais lhes interessar – desde que, pressupõe-se, não sejam marcas de automóveis… –, o que lhes abre a porta para encontrar parceiros que financiem o pagamento daquele fornecimento da Renault. Como a Red Bull fez com a TAG Heuer para este ano.
«Ter parceiros competitivos demonstra a confiança que estas duas equipas depositam no grupo propulsor melhorado da Renault e na nossa organização», rejubilou Stoll, enquanto Christian Horner se mostrou satisfeito com esta… renovação de votos: «Estamos encantados por renovar esta parceria que já tantos sucessos obteve. Após a restruturação por que passou a Renault, houve claros progressos que justificam que continuemos com o motor TAG Heuer».
Desde 2007 que a Red Bull corre com motores da Renault, tendo esta parceria conquistado quatro títulos de pilotos e quatro de construtores, e 51 vitórias: 50 com motor Renault e uma com um TAG Heuer…