A Renault pretende construir um motor totalmente novo para a próxima temporada, percebendo-se assim porque virou tão cedo o foco para 2017... Desde o Mónaco que não gasta qualquer «ficha» de desenvolvimento e, como já explicámos, vai terminar o ano «desperdiçando» 18 das 32 que tinha para usar…
Segundo os responsáveis da Renault, esta decisão radical deve-se ao facto de a unidade motriz actual já estar no limite da sua evolução, pelo que é fundamental inovar para ser possível ir ainda mais além. «Será um motor 100% novo. O actual atingiu o ponto final do seu desenvolvimento, precisávamos de subir um patamar para avançar e é o que vamos fazer», revelou Frédéric Vasseur, director da equipa Renault. «E, até agora, tudo está a avançar de acordo com as nossas expectativas».
Se calhar, falar de motor totalmente novo será um certo exagero porque a verdade é que o regulamento técnico continua, basicamente, o mesmo… Mas é possível alterar uma enorme quantidade de coisas e há longos meses que os técnicos de Viry-Chatillon trabalham neste V6 híbrido que será fundamental não só para a evolução da sua própria equipa, mas também para que a Red Bull consiga pôr em xeque o domínio da Mercedes.
Vasseur recusou-se, contudo, a comentar se a Renault irá seguir o caminho da Mercedes que inovou no seu grupo propulsor – há quem diga que é uma das grandes vantagens – ao pegar no turbocompressor e separar a turbina do compressor, colocando-os em pontos distantes… «Este é um conceito Renault… Não temos de copiar o que os outros andam a fazer», contrapôs.
E voltou a explicar a necessidade de voltar à mesa de projecto: «Nos últimos seis a oito meses conseguimos progressos significativos. Mas, para continuarmos a melhorar, teremos de alterar ligeiramente o conceito da nossa unidade motriz. Acho que foi o que fizeram».