Nico Rosberg não pára um segundo e continua «à velocidade da luz» a viajar de homenagem em homenagem, continuando a celebrar o título mundial de Fórmula 1. Aproveita ao máximo a fase final da sua carreira de piloto, antes das longas férias em que desligará, segundo garante, definitivamente da vida que teve até aqui.
Gerhard Berger, que ajudou o piloto alemão a negociar a renovação do contrato com a Mercedes – o tal que lhe daria cerca de 50 milhões de euros nos próximos dois anos… –, deu a entender que Rosberg poderia, dentro de um ou dois anos, arrepender-se da sua decisão e regressar à F1. À imagem de Michael Schumacher ou Kimi Raikkonen. «Não, cortei definitivamente com a Fórmula 1!», garantiu Rosberg à revista alemã «Sport Bild». «A minha decisão é irrevogável. Certamente que sentirei falta da F1, mas não ao ponto de regressar».
Depois da gala da FIA, em Viena, Rosberg passou pela festa da Mercedes, em Estugarda, por uma iniciativa do jornal «Bild», em Berlim, pelos prémios das revistas britânica «Autosport», em Londres, e italiana «Autosprint», em Bolonha – onde fez questão de homenagear Dino Chiesa, o seu chefe na equipa de «karting»! –, e por uma conferência em Bona, juntamente com um dos campeões do Mundo de futebol, Lucas Podolski! E o ritmo continua elevado…
Quanto à Fórmula 1, Rosberg só põe mesmo de lado um regresso enquanto piloto. «Pode ser que venha a manter alguma ligação à F1 porque continua a ser o melhor desporto do mundo, mas não sei ainda de que forma. Para já, quero ser um pai e um marido, a minha prioridade irá para a minha família. Neste último ano vi muito pouco a minha mulher e a minha filha. Agora iremos partir mais umas longas férias e depois, dentro de alguns meses, começarei a reflectir em novos projectos», declarou o campeão do Mundo de F1 de 2016.
Mas Nico Rosberg não deixou sem resposta Niki Lauda que se mostrou particularmente amargo em relação à sua decisão, dizendo que o piloto tinha feito «a equipa passar por parva» e que os tinha «abandonado sem um plano B». Numa entrevista ao diário «Die Zeit», o alemão (cujo contrato com a Mercedes deverá ser válido até ao final do ano) recordou ao futuro ex-patrão que é ele quem manda na sua vida mas, que se quisesse ser realmente egoísta, as coisas poderiam ter sido piores…
«Não percebo porque disse o Niki essas coisas, a minha vida pertence-me. Se calhar, se me dissesse respeito só a mim, teria esperado pelo Natal para anunciar a minha retirada. Mas não podia fazer isso à equipa», defendeu Rosberg. Consta, contudo, que antes de comunicar a sua decisão a Toto Wolff, o piloto alemão ter-se-á informado bem das eventuais consequências legais que a sua retirada lhe poderia trazer. E que só avançou depois de saber que o poderia fazer.