Os comissários do G.P. da Grã-Bretanha decidiram mesmo punir Nico Rosberg por causa das comunicações via rádio com o seu engenheiro, considerando que foram violadas as regras que impedem instruções externas que auxiliem a condução do monolugar. O piloto alemão sofreu, assim, uma penalização de 10 segundos que o atira de 2.º para 3.º lugar no G.P. da Grã-Bretanha e reduz para apenas 1 ponto a sua vantagem do Lewis Hamilton no Mundial de Pilotos!
Esta será uma decisão que irá, certamente, provocar grandes discussões. Mesmo em Silverstone demorou mais de uma hora para ser tomada por se tratar da primeira vez que uma equipa foi chamada aos comissários para esclarecer a violação das restrições das comunicações via rádio impostas… em finais de Agosto de 2015.
Rosberg ficou com a caixa encravada em sétima velocidade e o seu Mercedes quase parou, quando falou com o seu engenheiro, Tony Ross, pelo rádio. «Problema de caixa» (Rosberg); «Driver default 1-0-1, chassis default 0-1, chassis default 0-1; evita a 7.ª velocidade, Nico, evita a 7.ª» (engenheiro); «Que significa? Tenho de mudar de caixa saltando-a?» (Rosberg); «Afirmativo Nico, tens de passar a caixa evitando-a» (engenheiro).
Neste diálogo, terá sido esta última frase de Tony Ross a tramar Nico Rosberg porque as outras instruções são consideradas legais pelo regulamento que as permite desde que seja para resolver um problema de um carro que esteja na iminência de parar. Para mais, a FIA avisara as equipas de que, este fim-de-semana, seria mais dura no «policiamento» das comunicações.
Se a primeira indicação serve apenas para recolocar o carro em funcionamento, a segunda foi vista como uma dica ao piloto de como guiar o seu carro, então já a trabalhar de forma satisfatória. Sendo considerada proibida, o que fez Rosberg incorrer numa infracção penalizada em 10 segundos.
A FIA publicou, então, a classificação oficial da corrida, com Verstappen em 2.º e Rosberg em 3.º, e a Mercedes apresentou então um apelo da decisão que terá ainda de ser ratificado pela federação alemã no espaço de 96 horas. O que servirá para a equipa ganhar tempo para avaliar a situação e decidir se avança ou não com um recurso formal para o Tribunal de Apelo.