A Mercedes irá montar uma estrutura em halo no «cockpit» do monolugar de Nico Rosberg para as primeiras voltas do primeiro treino livre do G.P. da Bélgica, na próxima sexta-feira. Apesar de a adopção da protecção de habitáculo ter sido chumbada para o próximo ano, as pesquisas e os estudos ficaram de prosseguir, com vista a uma conclusão em relação aos monolugares de 2018.
Rosberg tem sido um dos apoiantes da adopção de uma forma de protecção dos habitáculos, pelo que será um dos pilotos ideais para colaborar no desenvolvimento deste sistema. E é sabido que a FIA solicitou a várias equipas que prosseguissem com estes testes para a evolução do halo. Esta será a primeira vez que a Mercedes vai montar nos seus carros o sistema halo cuja invenção… tinha sido sua.
Até agora, apenas os dois pilotos da Ferrari e Pierre Gasly (Red Bull), nos testes de Silverstone, rodaram com o halo nos seus carros. O piloto francês deu um «feedback» pouco positivo, dizendo ter tido sensações algo claustrofóbicas e tendo deixado dúvidas quanto à visibilidade superior, nomeadamente para os semáforos de partida. É precisamente essa visibilidade para cima que será testada em óptimas condições na pista de Spa, pela subida da curva de Eau Rouge, cujo desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto corresponde a… um prédio de doze andares!
Nico Rosberg terá, assim, a responsabilidade de dar informações sobre a influência do halo na visibilidade dos pilotos para cima. Sabe-se também que a McLaren está disposta a experimentar o halo, embora numa prova mais para a frente. Tudo para contribuir para o avanço dos estudos que poderão levar a um novo sistema de protecção dos habitáculos, mas só em 2018.