A luta entre Mercedes e Ferrari está tão equilibrada este ano que os mais ínfimos detalhes fazem diferenças que podem ser decisivas. Ainda recentemente, logo após a renovação da parceria com a Petronas até 2020, o director da Mercedes, Toto Wolff confessava o seu espanto por ainda estar a descobrir o alcance da colaboração com a petrolífera malaia…
«É fascinante que estejamos a retirar ‘performance’ de fluídos que eu nem fazia ideia… que estavam no carro!», referiu Wolff, exemplificando: «Conseguimos encontrar cinco milissegundos num líquido de refrigeração ou 15 milissegundos num óleo específico para o sistema hidráulico». Pequenos ganhos que, todos somados, têm permitido à Mercedes manter-se na liderança da F1.
Números mais impressionantes foram os revelados pelo presidente executivo da Petronas, Datuk Wan Zulkiflee Wan Ariffin, a fazer um balanço destas últimas épocas de retumbante sucesso na parceria com a Mercedes. Para a qual a Petronas desenvolve várias gasolinas e óleos que são sujeitos a testes, só uma minoria chegando a ser aprovados para utilização na competição! «Nos últimos anos desenvolvemos uma série de candidatos a combustíveis e lubrificantes para serem testados pela equipa. Já fizemos mais de cem lubrificantes diferentes e duzentos combustíveis para serem experimentados pela equipa».
Número incrível, em especial porque são vários os produtos transportados para cada Grande Prémio, onde um laboratório móvel procede a cerca de 70 análises por fim-de-semana. Porque a análise de um combustível ou de um óleo dá, tal como uma análise do sangue no corpo humano, boas indicações acerca da saúde do motor ou caixa de velocidades.
Para Datuk Wan Zulkiflee Wan Ariffin, a ligação da Petronas à Mercedes e à Fórmula 1 vai muito além da busca de um simples veículo publicitário. Afinal, a petrolífera malaia já tem 22 anos de F1! «Este envolvimento com a equipa aumenta o reconhecimento da nossa marca. Já estamos envolvidos nesta disciplina do desporto automóvel há muitos anos, a nossa primeira vez foi em 1995. Para nós dá-nos uma maior exposição, mas também nos exige um grande desenvolvimento tecnológico. Sendo uma companhia de petróleo e gás, não é novidade lidarmos com tecnologia sofisticada, mas esta é uma plataforma em que podemos desenvolver novos produtos. E penso que este ano teremos um papel ainda mais importante a desempenhar para auxiliar a equipa», diz, referindo-se à luta tão apertada entre a Mercedes e a Ferrari.
Também por isso, mas não só, o presidente da Petronas mostra-se encantado com a época de 2017 do Mundial de Fórmula 1: «Este ano há uma nova vitalidade na F1, um novo nível de energia nas corridas, com estas novas regras e muitas coisas que foram colocadas à disposição dos fãs. Temos tido um aumento das audiências, o que é óptimo. Para nós, na Petronas, sabemos que a contribuição técnica será mais importante este ano, devido à competição ainda mais cerrada com os nossos rivais».
Apesar de este ano ser a última edição do G.P. da Malásia, a Petronas continuará o seu envolvimento na Fórmula 1, tendo alargado a parceria com a Mercedes até 2020. «O nosso envolvimento no desporto automóvel começou em 1995, ou seja, alguns anos antes da primeira corrida em Sepang que foi em 1999», recorda Datuk Wan Zulkiflee Wan Ariffin.
Contudo, há um detalhe marcante neste último G.P. da Malásia que decorrerá a 1 de Outubro e que o presidente da Petronas deixa como promessa: «Também somos o principal patrocinador da corrida da Malásia e queremos que termine em alta. Por isso tudo iremos fazer para que a última edição do nosso Grande Prémio seja uma prova para ser recordada!».