Na pista em que o motor é «tudo», a Mercedes estreia a evolução final do seu motor, gastando de uma só vez as sete «fichas» de desenvolvimento a que ainda tinha direito! Se tudo der certo nos planos da marca alemã – nestas «premières» de tantas novidades pode sempre suceder algum imprevisto… –, pode ser um autêntico «xeque-mate» à concorrência que procurava esforçadamente aproximar-se dos campeões do Mundo!
Primeiro dado que não deixa de ser notável: na 12.ª corrida do ano, Hamilton e Rosberg vão montar o terceiro motor do ano, numa invejável prova de fiabilidade! E é neste motor que estão incluídos os novos componentes que correspondem às tais sete «fichas» de desenvolvimento. O mais interessante é que as evoluções são introduzidas no G.P. de Itália mas, segundo consta, nem são especificamente a pensar na pista de Monza mas já em 2016.
Ou seja, a Mercedes está já a antecipar o desenvolvimento do motor do próximo ano, explorando novos caminhos que serão depois usados no grupo propulsor que terá de homologar antes da época de 2016 começar. Desta forma, dará também tempo a que o seu fornecedor de lubrificantes e combustíveis, a Petronas, desenvolva os produtos mais indicados para retirar a máxima eficiência do motor de combustão interna. Um trabalho em avanço permitido pela clara superioridade que vem exercendo este ano.
Para já, apenas a equipa oficial receberá esta nova evolução do motor, mas é possível que, pelo menos, Williams e Force India venham a recebê-lo mais tarde. Quanto à Lotus, dependerá não só da sua situação financeira como dos desenvolvimentos da sua eventual venda à Renault. Esgotadas as «fichas» da Mercedes e depois de a Honda ter gasto três na Bélgica, consta que a Ferrari também gastará duas em Itália, mas a situação é a seguinte: a Renault ainda dispõe de 12, contra 10 da Ferrari e 4 da Honda.