A possibilidade de que tanto se falou da entrada de Carlos Sainz na Renault suceder já a partir do G.P. da Malásia, no próximo fim-de-semana, foi muito mais que um rumor e só uma intransigência financeira por parte do ex-piloto Jonathan Palmer, pai e «manager» de Jolyon Palmer, impediu que tal sucedesse.
Por vontade da equipa francesa, a colaboração com o piloto espanhol teria começado já esta semana e, pelos vistos, a Red Bull também não se oporia, tendo Pierre Gasly de prevenção para ocupar o seu lugar na Toro Rosso. Contudo, o pai Palmer terá feito questão de recordar à direcção da equipa Renault que havia uma cláusula no contrato do filho que implicava o pagamento de uma verba, caso Jolyon fosse dispensado antes do final da temporada: nada menos de 7 milhões de euros!
Apesar de os franceses terem feito uma contraproposta de 3 milhões de dólares (cerca de 2,5 milhões de euros), Jonathan Palmer fez finca-pé e preferiu não receber qualquer verba mas garantir que o filho Jolyon faria mesmo as seis provas que faltam para o final da temporada. Que será, certamente, um final algo penoso, o que é de lamentar logo depois de Jolyon Palmer ter conseguido o melhor resultado da sua carreira, com o 6.º lugar em Singapura. Claro que muito se passou para Palmer ali chegar, mas a verdade é que muitos outros que não se envolveram no acidente à partida podiam ter ocupado aquele lugar, mas foi ele que ficou com a 6.ª posição…
Carlos Sainz, por seu turno, fez sempre de conta que não sabia de nada do que se estava a passar nos bastidores, apenas dizendo, há alguns dias, que ainda não sabia por que equipa iria correr na Malásia. Agora já sabe e só vem de encontro ao desejo que expressou aos microfones da rádio espanhola «Onda Cero»: «Ninguém me disse nada mas, de qualquer forma, penso que seria preferível, para mim, terminar a época na Toro Rosso, antes de iniciar o próximo capítulo da minha carreira com a Renault».