Os «media» britânicos já davam como concluída a transferência mais esperada, a de Carlos Sainz para a Renault, que definirá toda uma sequência de acontecimentos que passarão pelo troca de motores entre a Toro Rosso e a McLaren, com os Honda para a primeira e os Renault para a segunda. Todavia, o diário espanhol «Marca» citava fontes muito próximas do piloto espanhol dizendo que o acordo estava de facto iminente mas nada tinha sido ainda assinado.
A Renault colocou a libertação de Carlos Sainz pela Toro Rosso como um pagamento «em géneros» de uma contrapartida por a equipa italiana estar a quebrar o contrato que tinha com a marca francesa de fornecimento de motores. E este movimento deverá espoletar toda uma série de movimentações que se aguardavam… no campo dos motores: a confirmação do fornecimento da Renault à McLaren; e a passagem da Honda para a Toro Rosso que, além dos motores, poderá receber um chorudo cheque que já foi avaliado em 60 milhões de dólares por ano!
A grande novidade das mais recentes notícias em torno deste assunto é que o negócio entre Toro Rosso e Renault deverá prever que Sainz se passe para a equipa francesa ainda este ano, correndo os últimos cinco Grandes Prémios do ano, começando na Malásia e no lugar de Jolyon Palmer! Caso tudo isto se confirme, é muito provável que a Red Bull chame Pierre Gasly que corre na Superformula japonesa para ocupar o seu lugar na Toro Rosso até final da temporada.
A McLaren, por seu turno, ficaria satisfeita por receber um motor teoricamente mais competitivo no próximo ano, ganhando um importante argumento para tentar segurar Fernando Alonso para 2018.
E, no meio de tudo isto, qual o interesse da Red Bull em passar a ter a Toro Rosso equipada com os motores Honda que tão fraca conta têm dado de si? Primeiro a valiosa contribuição financeira que significará cerca de dois terços do orçamento da equipa, numa altura em que a Red Bull queria reduzir drasticamente os custos com o seu «Team B». Depois, com um acordo de três anos, resolve o problema de motores até 2020, deixando a equipa livre para escolher os novos motores poderá querer, a partir de 2021. Por fim, há sempre a possibilidade de a Honda acabar mesmo por acertar com o motor e até conseguirem um grupo propulsor competitivo! Aí, certamente que até a própria Red Bull quereria passar ela a ser a equipa principal…