Posto de lado a estrutura em halo, nunca tendo avançado os estudos em torno do Aeroscreen proposto pela Red Bull, a FIA concentra-se agora no «escudo» – a tradução de «shield», como designou o dispositivo – protector dos habitáculos dos F1. E o primeiro teste deverá ocorrer em Silverstone, nos treinos livres do G.P. da Grã-Bretanha, com o primeiro exemplar montado num Ferrari. Eventualmente o de Vettel que se oferece sempre para experimentar coisas novas…
A partir daí, será a vez de as outras equipas irem fazendo as suas experiências com aquele componente, de forma a recolherem dados da influência aerodinâmica que ele terá. E que será grande, já que perturbará todo o fluxo de ar que vai em direcção à tomada de ar para o motor e também em direcção à asa traseira.
O «shield», como se pode ver na ilustração exclusiva que o italiano Giorgio Piola fez para os sites Autosport/Motorsport/Motor 1 e que a FIA já tem utilizado na sua comunicação – conferindo-lhe, por isso, toda a credibilidade – é menos «agressivo» do ponto de vista visual mas também oferece um menor grau de protecção, limitando-se a desviar objectos de grandes dimensões.
A questão é a sua introdução em 2018 que, neste momento, parece ser já bastante improvável. As equipas estão já a trabalhar nos carros de 2018 e, decidir que o «shield» teria de ser montado nos monolugares do próximo no, obrigaria a recomeçar todos os cálculos do ponto de vista aerodinâmico. O que será dificilmente aceite… Por outro lado, há já alguma resistência à adopção deste dispositivo.
«Os habitáculos abertos e o perigo inerente sempre fizeram parte deste desporto, como de outros desportos e não me parece que aquele escudo vai ser a solução milagrosa», declarou Verstappen há cerca de um mês. «Se tiver o azar de apanhar uma roda a voar, não é aquele escudo que me vai proteger… E acho-o feio… Para mim, um F1 deve manter-se tal como está hoje, ou seja, com um habitáculo aberto». E lá vamos recomeçar a dicussão…