Tudo indica que estará completo o pelotão do Mundial de F1 de 2018, com a Williams a decidir-se pelo russo Sergey Sirotkyn para fazer dupla com o canadiano Lance Stroll. Ao mesmo tempo que deita por terra o sonho do regresso à Fórmula 1 do polaco Robert Kubica, após sete anos de paragem, na sequência de um grave acidente num rali. A razão da escolha que a Williams poderá vir a anunciar em breve terá a ver com o que se passou nos testes do Abu Dhabi mas também com os apoios que cada um dos pilotos consegue levar para a equipa…
Pelos vistos, os largos milhões do pai de Lance Stroll não chegam para endireitar as contas da Williams e o argumento que terá feito pender a balança para o lado de Sirotkin terá sido mesmo o apoio financeiro que o russo levará para a equipa. Apoiado pelo oligarca russo Boris Rotenberg e o grupo bancário SMP, Sergey Sirotkin ter-se-á apresentado com um total de apoios a rondar os 15 milhões de euros. Não é que Robert Kubica não estivesse também fortemente apoiado pela petrolífera polaca Lotos, mas não terá passado dos 7 milhões, tornando a opção mais fácil… Isto, reforce-se, para resultados considerados positivos nos testes do Abu Dhabi.
A confirmar-se esta notícia, a Williams terá a dupla mais jovem do Mundial de F1, entre os 19 anos de Stroll e os 22 de Sirotkin. O que coloca outra questão que já corre como especulação mais que lógica: esta necessidade urgente da equipa de angariar uns largos milhões poderá estar relacionada com o eventual fim do patrocínio da Martini? É que, por regulamento, para um piloto tão jovem como Stroll poder correr por uma equipa com uma bebida alcoólica como patrocinador, o outro piloto teria de ter, pelo menos, 25 anos… Se a Williams ficar sem o seu principal patrocinador, torna-se mais fácil perceber a necessidade de escolher um piloto que, independentemente dos seus méritos, leve ainda forte apoio financeiro.
Sirotkin foi durante vários anos apoiado pela Renault e, este ano, foi mesmo o terceiro piloto da equipa. Mas, tirando algumas sessões de treinos livres, nunca teve qualquer oportunidade, nem mesmo quando a Renault quis «despachar» Jolyon Palmer, indo logo buscar Carlos Sainz. Agora que lhe aparece esta oportunidade, certamente que não a deixará escapar. Veremos como irá a Williams desenvolver o seu novo carro com uma dupla de pilotos que não prima ainda pela experiência…
Sergey Sirotkin, a ser confirmado na Williams, irá assim juntar-se a Charles Leclerc (Sauber) como os dois estreantes no Mundial de 2018, num pelotão que se manteve quase igual ao que terminou o ano. A saber:
Equipa | Pilotos |
Mercedes | Hamilton e Bottas |
Ferrari | Vettel e Raikkonen |
Red Bull | Ricciardo e Verstapen |
Force India | Perez e Ocon |
Williams | Stroll e Sirotkin |
Renault | Hulkenberg e Sainz |
Toro Rosso | Gasly e Hartley |
Haas | Grosjean e Magnussen |
McLaren | Alonso e Vandoorne |
Sauber | Ericsson e Leclerc |
Assim, dos pilotos que alinharam este ano, a principal ausência será a de Pascal Wehrlein, a quem nem a protecção da Mercedes valeu e que não deverá encontrar lugar para prosseguir a sua carreira na F1. Já Daniil Kvyat estava numa situação mais evidente de saída da F1, depois de abandonar o programa da Red Bull, procurando actualmente uma saída profissional no campo dos sport-protótipos.