Numa altura em que se vai falando com maior frequência na inevitável sucessão, mais cedo ou mais tarde, de Bernie Ecclestone à frente dos interesses comerciais da Fórmula 1, o presidente da FIA, Jean Todt, veio recordar que o seu substituto necessitará sempre da aprovação da entidade federativa.
De passagem pelo Goodwood Festival of Speed, Todt fez ainda questão de alertar que pretende ver a estrutura em halo que será adoptada pelos F1 em 2017, para protecção do habitáculo e da cabeça dos pilotos, alargada às restantes competições de monolugares. Precisamente em Goodwood foi apresentado um fórmula de uma categoria de promoção equipado com uma estrutura daquele tipo.
Mas, voltando à sucessão de Ecclestone, assunto sempre delicado na F1 e que poderá ditar o sucesso ou insucesso futuro da disciplina, Todt voltou a declarar toda a confiança no accionista principal (a CVC Capital) em tomar a decisão certa na altura correcta. «O actual promotor tem feito um trabalho extraordinário no desenvolvimento da Fórmula 1. O que não significa que concordemos sempre, embora respeitemos o que ele tem feito, o Bernie tem o seu próprio estilo…».
E quando a CVC Capital achar que chegou a altura de substituir Ecclestone (85 anos) na liderança, Todt explica como tudo se processará: «No dia em que acharem que devem alterar a direcção de um dos seus activos, saberão o que fazer. Depois têm de propor o nome à FIA, mas não me parece que haja quaisquer problemas. Mas, sim, têm de ter a aprovação da FIA».