Os quatro pilotos que experimentaram, durante os testes de Barcelona, a chamada evolução B do motor da Renault foram pródigos em elogios, não só quanto ao aumento da potência mas também na sua margem de utilização. Mas esse «feeling» tinha de ser confirmado por dados concretos que só os técnicos da marca francesa poderiam analisar. E a telemetria confirmou as boas sensações!
«Todos os motores estão monitorizados para recolhermos os dados de que precisamos para confirmarmos tudo o que precisamos de saber», explicou o director técnico da Renault, Bob Bell. «E o motor parece debitar precisamente aquilo que prometia no banco de ensaios. Aliás, ficaríamos surpreendidos se assim não fosse… Portanto, os sinais são de que a evolução do motor faz precisamente o que esperávamos dela».
Ou seja, cerca de quatro décimos por segundo numa volta a Barcelona, o que já deixaria a Red Bull mais perto dos Mercedes, pois Ricciardo ficou a seis décimos da «pole» de Hamilton. «Sim, penso que podemos apontar para algo nessa casa», declarou Bob Bell, confirmando o passo significativo.
Ocon e Magnussen (Renault), bem como Ricciardo e Verstappen (Red Bull), ficaram de tal forma animados que até pediram para que a estreia do novo grupo propulsor fosse antecipada do Canadá para o Mónaco. Mas, aí, a Renault parece mostrar-se um pouco mais cautelosa. Não que recuse a ideia, prometendo uma decisão para os próximos dias, até porque a prova monegasca tem os primeiros treinos já na quinta-feira.
«É mais uma questão de ter a certeza de que demos o passo certo do que de ter os motores prontos a tempo. Porque o Mónaco tem características muito específicas, como a sua exigência nos baixos regimes», explica Bell que não quer repetir o erro de 2015, quando a introdução da evolução do motor no final do ano resultou em diversas críticas à Renault por se sentirem poucas melhorias. «Preferíamos demorar um pouco mais de tempo mas ter a certeza absoluta de que teremos o motor nas condições ideais».