Toto Wolff, responsável máximo pela equipa Mercedes, não ficou muito convencido com a decisão da FIA em não aplicar qualquer sanção a Sebastian Vettel após o que se passou em Baku. Mas diz que o caso está agora encerrado e que há que continuar a luta que, como teria de acontecer, se tornou mais dura a partir da corrida do Azerbaijão.
«Todas as grandes temporadas de Fórmula 1 são marcadas por grandes rivalidades. No ano passado foi a nossa luta interna entre o Lewis e o Nico e, este ano, parece que a luta estará ao rubro entre a Ferrari e a Mercedes, entre o Lewis e o Sebastian», disse Wolff. «E por muito calma e simpática que tenha começado, era inevitável que, mais cedo ou mais tarde, se tornasse mais feroz e controversa. Esse momento chegou em Baku e vimos o resultado dessa tensão no que se passou em pista».
Depois da decisão da FIA de não aplicar nenhuma sanção adicional a Vettel – que fora castigado com um «stop & go» na corrida –, o director da Mercedes diz que é hora de seguir em frente: «Esse momento é passado e esse é um capítulo encerrado. A audiência de segunda-feira foi entre a FIA e o Sebastian, chegando à conclusão que todos conhecemos. O nosso foco, desde Baku, tem sido no curto prazo, revendo tanto o ‘design’ como os procedimentos da fixação da protecção da cabeça que custou a vitória ao Lewis».
Wolff não acredita, contudo, que os últimos acontecimentos precipitem uma escalada descontrolada da rivalidade entre as duas equipas: «Há um enorme respeito entre a Mercedes e a Ferrari, duas marcas icónicas do desporto automóvel, não apenas pela luta que travamos na pista mas porque, afinal, estamos a batalhar pelo mesmo objectivo: o desenvolvimento da Fórmula 1! Os novos donos não poderiam desejar melhor início para esta nova era do que uma batalha épica entre a Mercedes e a Ferrari. Se a isto juntarmos ainda a Red Bull, uma equipa que costuma competir a alto nível, tornaremos a F1 num fantástico espectáculo».
Quanto ao W08 que se mostrou bastante competitivo, em especial na qualificação, nas últimas duas corridas, Toto Wolff considera que a equipa ultrapassou uma barreira importante: «Desde o Mónaco progredimos bastante na compreensão do funcionamento dos pneus. Não fomos a única equipa a sofrer naquele aspecto, outras demoraram algum tempo a analisar o comportamento dos novos Pirelli. A pista austríaca sempre nos foi favorável mas, com a mudança de regulamentos, não podemos confiar muito no que fizemos em anos anteriores. E com um campeonato tão disputado não nos podemos permitir um mínimo descuido!».