A Lotus conseguiu novo adiamento da decisão do tribunal londrino face às queixas dos seus credores, entre os quais se conta o Fisco britânico, agora até 21 de Dezembro, graças ao anúncio formal feito pela Renault, na passada quinta-feira, da compra da equipa. «Estamos agora num território totalmente diferente», realçou um dos advogados da equipa, convencendo os credores a aceitarem este adiamento.
Após a audiência de hoje, um dos executivos da Lotus, Matthew Carter, mostrou-se optimista na resolução do caso: «O acordo de compra das acções (SPA) será assinado a 16 e a Renault concorda em pagar aos credores até dia 31», disse à agência Reuters. «Portanto calculo que, quando voltarmos, no dia 21, o acordo (SPA) já terá sido assinado. Tem sido um processo demorado, mas estamos a chegar a bom porto».
Esta está a ser uma temporada particularmente «dolorosa» para a equipa Lotus que já teve os seus bens arrestados (na Bélgica), o material a chegar atrasado aos circuitos fora da Europa por atrasos no pagamento do transporte e a equipa sem acesso às zonas para si reservadas pelo mesmo motivo… Alturas em que Bernie Ecclestone chegou a ser preciosa ajuda, adiantando verbas para resolver esses problemas e até, no Verão, para manter a cantina da fábrica de Enstone em funcionamento!
Apesar disso, e mesmo sem verbas para desenvolver o E23 na segunda metade da época, a Lotus lá conseguiu um 6.º lugar no Mundial, classificação razoável, atendendo às condições em que a equipa trabalhou.